domingo, 29 de abril de 2012

A maior riqueza do homem é a sua incompletude



"A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas."


segunda-feira, 16 de abril de 2012

SÓ HOJE


Queria entrar em tua retina e fazer-te enxergar o que ainda não vê. Nascemos nesse mundo para aprender a amar incondicionalmente. Mas, egocêntricos por essência não olhamos o próprio como a nos mesmos. Continuamos cometendo os mesmos erros de atribuição fundamental e achando justificativas plausíveis para as feridas que causamos. Tratamos os outros, as outras, como resultado do que nos fizeram conosco e deixamos um rastro de sujeira no universo.
E o universo, livre de especulações, nos responde com o simples e, ainda assim, não sabemos aceitar esse PRESENTE... Somos seres complexos.
O amor tem estado em minha mente. Mas o que pode o amor realmente se ela afeta apenas um aspecto da vida? ?
O infinito??? !!!
E quando o infinito dura apenas um segundo?
O amor se torna memória?! Registro?! Como um músico que só aceita o seu próprio tipo musical. Como um pregador que apenas respeita domingo de manhã, e não sábado à noite?!
Isso é como um soldado poder vir a refletir sobre a guerra.



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Último Romance (Los Hermanos)

Essa música tem me visitado com frequência nesta semana. Portanto, nada mais justo do que compartilhar com vocês...



" Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar"

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um dia no museu

Calma pessoal, não é o filme !!! Fui a exposição de Rodin no museu Carlos Costa Pinto, situado na Graça e gostaria de compartilhar com vocês.

O que a princípio para mim parecia um enigma, foi sendo desvendado na medida que fui conhecendo o contexto das obras e a história de Rodin através de uma mediadora que nos guiou durante a visita.
Augusto Rodin, como estava no painel de entrada do museu, viveu até os 77 anos e foi consagrado homem e gênio, não por ter esculpido corpos com perfeição, mas por ter sido o primeiro artista a dar movimento, ou seja, conseguiu extrair de obra a energia interior, como Prazer e Dor, Alegria e Tristeza, o Horror e o Encantamento.

Alguns aspectos em especial da exposição chamaram minha atenção, como o fato de Rodin não esculpir peças vestidas, já que para ele o corpo humano deveria ser trabalhado em toda sua socralidade.
Em sempre trazer uma figura religiosa associada ao profano, por exemplo Jesus e Madalena. Nesse período, ao meu ver, ele já questionava a lógica do que seria pecado.

A idéia do incompleto é muito legal também, afinal como ele foi um artista que retratou mais que corpos, seus sentimentos, para ele a obra não precisava ser terminada se tivesse atingido seu objetivo. É o caso da mulher sem braço que está meditando, Rodin fez ela com e sem braço para mostrar que ainda que não tivesse braço o significado é o mesmo.

A obra mais conhecida de Rodin é o pensador, acredito ser pelo fato de todos tentarem imaginar o que aquela pessoa pensava. Porém sua maior obra foi a Porta do Inferno, incusive as peças trazidas para essa exposição foram dessa obra que não conseguiu ser concluída.  

A gente... não posso esquecer de Camile Claudeo uma escultora da época que teve uma relação de 15 anos com Rodin e depois foi acabar em um hospício. Sua história foi tão marcante que foi feito um filme retratando sua história de vida, o qual levou seu nome. Porém o questionamento continua:
Teria sido o relacionamento com Rodin o motivo de sua loucura?

Caso Sério


A peça Caso Sério sob a Direção de Claudio Simões e Celso Jr, Texto de Claudio Simões e Margareth Boury e Elenco: Celso Jr. e Andréa Elia. é uma montagem que retrata os encontros entre um homem e uma mulher numa sala de espera de um consultório de psicanálise, a partir do qual surge uma grande amizade. Rodrigo e Cecília são os personagens dessa história que através de suas conversas passam para o público uma reflexão sobre a vida e suas transformações.

Em meio a amores e paixões, Cecília e Rodrigo se encontraram. E encontraram não o amor, não a paixão, não o desejo, mas a amizade. E a amizade é uma construção. E é dessa construção que trata essa peça. E esses amigos descobriram juntos que, se o amor é um sentimento, a amizade também é. E que pouco importa qual dos dois é superior. E que solidão tem remédio. E que fraqueza nem sempre traz coisas desagradáveis. E que esse espetáculo foi feito para o público. E que o público, que está na platéia, da qual, eu faço parte ficou muito feliz ao perceber que falar de valores humanos não está completamente fora de moda. E que as músicas são textos que nos transmitem sentimentos. E que às vezes não estamos em lugar nenhum da mesma forma que estamos em vários lugares quando estamos com alguém que pode ser qualquer um para o mundo e tudo pra gente.

E foi tudo isso que percebi ao assistir a um espetáculo que consegue falar de amor, amizade, desejo, paixões, doenças, gênero, sexualidade, música e de morte, com tanta leveza, humor e emoção.

 

 

Para refletir !!!

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Essa é uma das frases mais conhecidas de Chico Xavier e tem um sentido de existência muito grande pra mim, conduz o indivíduo ao entendimento de que um erro nunca é tão grave que não possa ter conserto.
E já que todos nós somos passíveis de errar porque julgamos tanto o outro?
Chico Xavier consegui colocar em prática tudo que ensinou, levou essa frase tão a sério que nunca condenou alguém e viveu em função do outro. Amou a tudo e a todos, se tornando um exemplo mundial.
Em homanagem aos seus 100 anos( se estivesse vivo) foi lançado um filme que relata um pouco de sua história de vida.Vale a penba conferir, eu já fui.... e você vai ficar aí?

terça-feira, 30 de março de 2010

A TROCA

A troca foi um filme proposto pela disciplina Leitura e Produção de Textos que me possibilitou fazer uma reflexão sobre as relações de poder existente na sociedade capitalista e sobre a posição da mulher nesse contexto.
Retratando a sociedade do século XX, algumas questões parecem bem atuais. Christine Collins, uma mãe que tem seu filho desaparecido é convencida pelo discurso do departamento de polícia de que outra criança era seu filho, mesmo achando o menino diferente, levá-o pra casa, porém, percebe diferenças na altura do menino e de seu verdareiro filho. Continua dizendo para polícia que aquele não era seu filho.Devido aos questionamentos da mulher o capitão a manda para um hospital psiquiátrico, onde permanece até ser desvendado a caso do homem que matava crianças e supostamente a dela ter sido morta.
O uso da corrupção, da ciência e a interpretação ficam evidentes no capitão de polícia que abusa do poder, no médico que tenta provar que o menino era o verdadeiro filho e na mãe que não entendia o porque os policiais não queriam procurar seu verdadeiro filho, não sabendo ela que nenhum discurso escapa da ordem do poder.
Assim concluo com as palavras de Hildonice: "Se não sabemos fazer a leitura da sociedade o discurso do poder nos domina"