terça-feira, 6 de abril de 2010

Um dia no museu

Calma pessoal, não é o filme !!! Fui a exposição de Rodin no museu Carlos Costa Pinto, situado na Graça e gostaria de compartilhar com vocês.

O que a princípio para mim parecia um enigma, foi sendo desvendado na medida que fui conhecendo o contexto das obras e a história de Rodin através de uma mediadora que nos guiou durante a visita.
Augusto Rodin, como estava no painel de entrada do museu, viveu até os 77 anos e foi consagrado homem e gênio, não por ter esculpido corpos com perfeição, mas por ter sido o primeiro artista a dar movimento, ou seja, conseguiu extrair de obra a energia interior, como Prazer e Dor, Alegria e Tristeza, o Horror e o Encantamento.

Alguns aspectos em especial da exposição chamaram minha atenção, como o fato de Rodin não esculpir peças vestidas, já que para ele o corpo humano deveria ser trabalhado em toda sua socralidade.
Em sempre trazer uma figura religiosa associada ao profano, por exemplo Jesus e Madalena. Nesse período, ao meu ver, ele já questionava a lógica do que seria pecado.

A idéia do incompleto é muito legal também, afinal como ele foi um artista que retratou mais que corpos, seus sentimentos, para ele a obra não precisava ser terminada se tivesse atingido seu objetivo. É o caso da mulher sem braço que está meditando, Rodin fez ela com e sem braço para mostrar que ainda que não tivesse braço o significado é o mesmo.

A obra mais conhecida de Rodin é o pensador, acredito ser pelo fato de todos tentarem imaginar o que aquela pessoa pensava. Porém sua maior obra foi a Porta do Inferno, incusive as peças trazidas para essa exposição foram dessa obra que não conseguiu ser concluída.  

A gente... não posso esquecer de Camile Claudeo uma escultora da época que teve uma relação de 15 anos com Rodin e depois foi acabar em um hospício. Sua história foi tão marcante que foi feito um filme retratando sua história de vida, o qual levou seu nome. Porém o questionamento continua:
Teria sido o relacionamento com Rodin o motivo de sua loucura?

Caso Sério


A peça Caso Sério sob a Direção de Claudio Simões e Celso Jr, Texto de Claudio Simões e Margareth Boury e Elenco: Celso Jr. e Andréa Elia. é uma montagem que retrata os encontros entre um homem e uma mulher numa sala de espera de um consultório de psicanálise, a partir do qual surge uma grande amizade. Rodrigo e Cecília são os personagens dessa história que através de suas conversas passam para o público uma reflexão sobre a vida e suas transformações.

Em meio a amores e paixões, Cecília e Rodrigo se encontraram. E encontraram não o amor, não a paixão, não o desejo, mas a amizade. E a amizade é uma construção. E é dessa construção que trata essa peça. E esses amigos descobriram juntos que, se o amor é um sentimento, a amizade também é. E que pouco importa qual dos dois é superior. E que solidão tem remédio. E que fraqueza nem sempre traz coisas desagradáveis. E que esse espetáculo foi feito para o público. E que o público, que está na platéia, da qual, eu faço parte ficou muito feliz ao perceber que falar de valores humanos não está completamente fora de moda. E que as músicas são textos que nos transmitem sentimentos. E que às vezes não estamos em lugar nenhum da mesma forma que estamos em vários lugares quando estamos com alguém que pode ser qualquer um para o mundo e tudo pra gente.

E foi tudo isso que percebi ao assistir a um espetáculo que consegue falar de amor, amizade, desejo, paixões, doenças, gênero, sexualidade, música e de morte, com tanta leveza, humor e emoção.

 

 

Para refletir !!!

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Essa é uma das frases mais conhecidas de Chico Xavier e tem um sentido de existência muito grande pra mim, conduz o indivíduo ao entendimento de que um erro nunca é tão grave que não possa ter conserto.
E já que todos nós somos passíveis de errar porque julgamos tanto o outro?
Chico Xavier consegui colocar em prática tudo que ensinou, levou essa frase tão a sério que nunca condenou alguém e viveu em função do outro. Amou a tudo e a todos, se tornando um exemplo mundial.
Em homanagem aos seus 100 anos( se estivesse vivo) foi lançado um filme que relata um pouco de sua história de vida.Vale a penba conferir, eu já fui.... e você vai ficar aí?